9 de março de 2006

Eu acredito no jovem presbiteriano!

“O novo não necessita, obrigatoriamente,preterir o passado desprezando as bases que ele nos legou. Você jovem, que já é o líder de hoje,precisa ler o presente com as lentes do passado, sem contudo, deixar que a miopia crônica, lhe roube a visão do futuro”.

Folheava, tempos atrás, a revista Você S.A. e surpreendi-me com um fato, que para mim diagnostica uma realidade irrefutável do novo milênio que, sem dúvida alguma, será a marca deste tempo que se inaugura. Praticamente, a totalidade dos grandes executivos ali entrevistados como modelo de sucesso, estava entre 25 e 35 anos de idade. Isto significa que se fossem jovens presbiterianos, estariam na UMP. O perfil do homem bem sucedido que nas décadas e séculos passados era de cabelos grisalhos, experiente e exibia uma folha de serviço longa e recheada de muitas realizações, mudou para o jovem executivo cheio de ousadia para arriscar, rico em criatividade e acima de tudo, com visão de futuro. Com este moderno conceito, a tendência deste novo tempo que se enceta, é de que os jovens assumam, e cada vez mais, papéis de liderança e de relevância na sociedade e evidentemente, também na igreja. Mostra disto, é o crescente número de diáconos, presbíteros e pastores que ainda bem jovens, vem assumindo funções importantes dentro da IPB. Há de se considerar ainda, sem entrar no mérito da questão, o inexorável fato de termos, em dias bem próximos, a participação feminina na liderança da Igreja. Isto que poderíamos chamar de uma nova ordem funcional, certamente acarretará mudanças drásticas nos links das relações eclesiásticas, que por sua vez, exigirá mudanças comportamentais radicais na vida destes que serão nossos novos líderes, no milênio que se inaugura. Este novo tempo será implacável em exigir de nossos jovens, uma posição de vanguarda na Igreja. E esta dianteira que assumem, só será galardoada de êxito se for marcada por referenciais especiais para este tempo de transição.

Em primeiro lugar, é preciso assumir tal liderança com senso crítico, sem contudo criticar o passado. Cometer os mesmos erros é inadmissível. Sucumbir nas mesmas trilhas nas quais caíram nossos pais, pode ser um atestado inequívoco de insensatez. É preciso que descubramos novos meios de fazermos as mesmas coisas, agora, com mais eficiência e adequando estes meios à nova realidade que nos cerca. O novo não precisa, necessariamente, negar o velho. O novo não necessita, obrigatoriamente, preterir o passado desprezando as bases que ele nos legou. Você jovem, que já é o líder de hoje, precisa ler o presente com as lentes do passado, sem contudo, deixar que a miopia crônica, lhe roube a visão do futuro. Criticar o passado é negar nossas origens. Criticar o passado é avaliar o que já foi à luz do que é hoje, e isto é no mínimo incoerente. Construir o futuro é sedimentá-lo a partir das bases que nos forneceram aqueles que vieram antes de nós.

É preciso ainda, assumir tal liderança com as devidas adequações para este tempo de inevitáveis e surpreendentes modernidades. Quando se fala em modernidade pensa-se logo no aniquilamento completo e absoluto do passado e a construção de uma nova ordem, absolutamente distinta e divorciada do que passou. Não obrigatoriamente precisa ser assim. Aliás, o melhor é que não seja assim. Há muitos valores, práticas e conceitos que podem e devem ser aproveitados. É preciso apenas dar-lhes uma nova roupagem, adequando-os à modernidade do novo milênio. Aliás, no exercício da fé isto é uma máxima que não pode ser esquecida. “Passará os céus e a terra, porém as minhas palavras não passarão”, disse Jesus. Assim também afirmou nosso poeta: “Somos jovens de um mundo velho, a pregar novos ideais. Do mesmo Evangelho que pregaram nossos pais. O mundo muda, mais Cristo não, importa que preguemos a salvação”. Eis aí está o segredo da sábia geração que nos antecedeu.

Por fim, esta geração de novos líderes, precisa mais do que nunca, fundamentar suas ações e trabalho na inspiração das santas e sagradas Escrituras. Tanto mais, quando vemos que o fim se aproxima, precisamos nos achegar à Palavra de salvação e sabedoria. O jovem presbiteriano que deseja ser referencial de uma liderança bem sucedida, precisa ter vida devocional de leitura da Bíblia e oração. A santa inspiração das Escrituras há de nos tornar sábios para as coisas do presente e do porvir. O jovem cristão tem, na Palavra de Deus e na oração, a força propulsora de seu trabalho, pautando suas ações nos sábios conceitos do Evangelho. Eis aí está o novo milênio. Que seja este novo milênio marcado por lideranças acima de tudo comprometida com o Senhor dos tempos eternos.
Autor: Rev. Honório Theodoro Neto

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa galerinha muito interressante este texto, mesmo sendo grande compensa ler... fala exatamente do que estamos vivendo hoje em dia... Vamos estudar bem isto no Encontro de Federação do mês que vem!Parabéns pelo post Fabrício!!

Anônimo disse...

Nosso como jovens temos de tomar a liderança mas não com base em brigas mas, mostrando a diferença e existe muitas coisas que aprendemos em que nossos pais nos ensinaram, e que nossos avos ensinaram aos nossos pais e nem por isso deixaram de serem uteis, mas o que temos de ter sempre em mente e se as novidades que estam surgindo vão melhoram ou não as nossas vidas e quais as consequencias que poderam ocorrem. o jovem deve ser critico, não chato, criativo e não libertino.